O Thunderlord é a síntese da atitude do verdadeiro Heavy Metal, com sons pesados e toda uma temática épica e espontânea, que transborda o que qualquer "headbanger" aprecia no gênero. A banda está chegando ao seu terceiro "full-lenght", intitulado "Destroyer", trabalho promete apresentar o que a banda sempre ofereceu com maestria, ou seja, Heavy Metal tradicional na sua essência mais direta e poderosa. Segue a entrevista com o membro fundador e vocalista/guitarrista Peter Kelter.
Rock Borders: Salve Peter, novamente um prazer te entrevistar! Sendo você um dos caras que acendeu a chama do Black Metal nas minhas veias durante um concerto com a extinta Perpetual Disgrace, no antigo (e ainda sobrevivente) Tribo's Bar que ficava na Av. Cidade de Leiria em Maringá - PR. Mas vamos ao que interessa aqui, o Thunderlord! Sabemos que a banda está com nova formação, além do Junior Bonora (guitarra) poderia nos apresentar o restante dos "thunderbrothers" e como foi o ingresso dos mesmos na banda?
Peter Kelter: Fala Renato! Bom ter lembrado dessa época...Logo vai completar 20 anos do lançamento daquela demo! Então, tivemos uma mudança, já há algum tempo, e quem tá no baixo é o Willian (Santos), que se encaixou perfeitamente na nossa proposta, é um baita cara gente boa, e um puta baixista, já gravou o Split "Funeral to a Brother of Sword", que saiu ano passado, Split com o Gray Wolf, e gravou também o disco novo, que pretendemos lançar o quanto antes! E na batera, divide as fileiras com nós, o meu irmão, meu amigo, o Guigo (Rodrigo Ferraz), que foi batera do Perpetual Disgrace, ao longo de toda a existência da banda!
Rock Borders: Você está trabalhando mais uma vez com o Alexandre Bressan no estúdio "3EM1", correto? Como tem sido esses anos de trabalho em conjunto com ele?
Peter Kelter: Sim! Novamente no 3EM1, lá é o nosso "bunker", a nossa forja, o Bressan é o nosso general! O cara manja muito de produção, tem um puta equipamento, e é um cara do Metal, que conhece pra caralho, e são 20 anos trabalhando com ele, não é força de expressão, são 20 anos literalmente! Então, eu fico muito a vontade lá, e no que depender de mim, essa parceria vai se prolongar ao infinito.
As guitarras estão 99% gravadas, 666% VALVULADAS! Faltam alguns vocais, e os backing vocals, que ao seu tempo, serão revelados quem vai gravar! Mas vão ser amigos ai, gente que entende muito do assunto!
Rock Borders: Agora vamos para um assunto inevitável; como a crise do Coronavírus e da pandemia afetou o Thunderlord? Sei que vocês curtiam muito estar nos palcos e tenho certeza que essa é uma questão unânime para várias bandas, mas falo no restante, como ensaios, vendas de merchandising e etc.?
Peter Kelter: Tá foda por um lado, porque não dá pra tocar, ensaiar, nem nada, atrapalha, faz dois anos que não nos reunimos, isso afeta também a distribuição de material, já que não temos um esquema profissionalizado de distribuição e venda, é tudo independente, a maioria de merchandising era vendida em show, entregue em mãos, e agora diminuiu, o lado bom, é que consegui dar uma adiantada nas composições, antecipando bastante o material do quarto album.
Rock Borders: Eu sei que você é uma máquina de compor, e quando estava terminando o "Conqueror" já tinha ideias para o "Destroyer", você já tem um posicionamento para o futuro da banda após lançamento do terceiro disco, já cogitou um album ou lançamento áudio visual "ao vivo"?
Peter Kelter: Máquina de compor nada, quem me dera, eu demoro muito pra fazer um disco, não tenho essa fluência que alguns amigos ai tem, que aqui e destaco o Fábio, do Grey Wolf, que compõe muito, e com uma puta qualidade, mas planos para o futuro temos sim, e não é nada "ao vivo", nunca pensamos nisso...Mas um quarto album já está sendo gerado, está no "ventre da besta", na "cratera do vulcão", e vai seguir o nosso ideal de fidelidade ao Heavy Metal tradicional! Posso adiantar que vai ser um álbum temático, versando sobre mitologia grega...E um spoiler aqui, vai ter 12 músicas... E antes dele, ainda to planejando um EP, para homenagear nossos amigos, nossas referências,
Rock Borders: Sei que você está trabalhando quase que secretamente num novo projeto, como vão as gravações, e há alguma previsão para o lançamento?
Peter Kelter: Então, tudo tá muito incerto...Em relação as gravações estão em reta final, faltando apenas vozes, mas em relação a como isso vai vir a tona, ou até mesmo se virá...Eu mesmo ainda não sei, eu gosto de lançamento físico, embora possa coexistir com o formato digital, quero ter um material palpável, mas ainda tá muito incerto...
Rock Borders: Peter, naquele "climão" Roadie Crew, e pra encerrar, você poderia destacar alguns lançamentos nacionais quem te chamou a atenção recentemente?
Obrigado pela entrevista e deixo o espaço para considerações finais.
Peter Kelter: Claro! Olha, tem o lançamento do Grey Wolf, o EP "Stygia", que ficou fantástico, saiu em K7 e CD o Renan Lourenço, um puta guitarrista de Londrina (PR), que é nosso parceiro, gravou pra gente, lançou um álbum solo, instrumental, bom pra caralho, mas destaco também os relançamentos de materiais que estavam esgotados, e hoje pode se encontrar com facilidade, o Amen Corner fez isso há alguns anos, o Queiron, acabou de relançar o primeiro album, já faz uns anos que saiu, mas o último do Mystifier ficou animal! E alguns selos nacionais estão lançando materiais antigos, difíceis de serem encontrados, o primeiro do UDO, uns do Razor, o Judas Priest "Sad Wings of Destiny", ganhou uma edição digna, e a "Nomad Records", anunciou para setembro agora, o lançamento de dois álbuns do Savage Master, que é uma banda que eu gosto muito, e recomendo a todos!
E por fim, te agradeço ao espaço, a divulgação, você sempre foi um cara muito empenhado, agradeço também aos leitores, e espero que as coisas melhorem para todos!
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| Os "machados" do Thundelord empunhados por Peter Kelter (a esquerda) e Junior Bonora |
